Debates
ProgrAmAçÃo
Imaginando outros cinemas
com ADIRLEY QUEIROZ, MAYARA SANTANA e VINICIUS SILVA.
DiA 01/12 QUINTA FEIRA
14H
Nos últimos anos a produção cinematográfica vem se modificando no país, evocando lutas, afetos e subjetividades que foram deslocados dos processos de decisão pelas hegemonias dos modus operandi. Mesmo que ainda haja predominância de uma produção brasileira pasteurizada, que mimetiza um mercado aos moldes de uma sociedade do consumo e do entretenimento que ocupa as salas de cinema, há uma outra produção que habita os festivais de cinema nacionais e internacionais. Essas visualidades fílmicas reordenam os olhares para as periferias brasileiras: territórios, tempos e corpos insurgentes. São filmes estético-político que ampliam as formas de ver, sentir, pensar, dizer, de agir e desestruturam, desestabilizam ordenamentos…
De que cinema estamos falando? Quem são os realizadores que confrontam os modos de existência a partir de suas narrativas e formas de filmar e fazer cinema?
Essa mesa é um convite para refletir e imaginar juntes, em coletividade, como outros cinemas e suas formas podem auxiliar em processos de emancipação, daqueles sem-parcela que historicamente e estrategicamente foram cerceados de representação, de fala, de escuta.
Duração: 2h
Facilitadores: Adirley Queirós, Mayara Santana e Vinicius Silva.
Local: praça central do grafite
Qtd de pessoas: até lotar
Adirley Queirós ex-jogador de futebol, cineasta, graduado em cinema pela Unb, morador de Ceilândia, realizou os filmes A cidade é uma só?, Branco sai preto fica, Era uma vez Brasília. É reconhecido e premiado nacionalmente e internacionalmente.
Mayara Santana é roteirista e diretora, atua há cerca de 6 anos como realizadora audiovisual, é formada em Cinema e Audiovisual e em Design. Roteirizou e dirigiu a série documental para instagram “Rebu - a egolombra de uma sapatão quase arrependida”, umas das primeiras do gênero em Pernambuco, que traz um retrato em primeiro pessoa sobre as diversas vivências lésbicas, a web série com circulação nacional e acumulou uma média de 35 mil views.
Vinicius Silva é cineasta da zona leste de São Paulo, formado em cinema pela Universidade Federal de Pelotas - RS e membro da APAN (Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro). Recebeu mais de 50 prêmios com seus curtas-metragens, como Janela Internacional de Cinema de Recife, Festival Internacional de Documentários de Buenos Aires e Festival Internacional de Cinema de Rotterdam. Entre seus filmes estão os curtas Deus (2017) e Quantos eram pra tá? (2018).
Encontro NPD
com REALIZADORES INDEPENDENTES DO DF
DiA 03/12 SABADO
14h
Com o foco na produção audiovisual independente, o NPD do Campus Recanto das Emas iniciou as suas atividades em 2018 buscando apoiar a produção audiovisual de estudantes e produtores de Brasília com destaques para as produções: Cão Maior de Filipe Alves Oliveira, 2018 que foi um dos selecionados para o Festival de Gramado e o Filme Espinha de Peixe do realizar do Brasília Walter Sarça, além de outras ações de festivais e cineclubes. O objetivo do encontro, portanto é discutir sobre o que será um cinema independente no território, como os realizadores se posicionam sobre o que repercute na distribuição de renda para quem trabalha com audiovisual. A ideia é que amplie e crie uma rede produtiva e reflexiva no que tange a cultura audiovisual. Estão convidados cineclubistas, realizadores de cinema, técnicos, produtores de festivais, videomakers, distribuidores.
Duração: 2h
Roda de conversa aberta
Local: praça central do grafite
Cinema, Juventude e o Direito à cidade
com CALCIFEE ZECAIÊ, MARCELO VINICIUS, NATHALYA BRUM E RAMONA ONIJÁ DA SILVA.
Dia 04/12 DOMINGO
15H
Como os jovens das periferias de Brasília ocupam os espaços pelas ruas do cinema? De que maneira a cultura audiovisual ocupa as imaginações da juventude? Como o cinema pode reestabelecer os direitos das diversidades de corpos e afetos dos jovens? A proposta dessa mesa é que se abra um diálogo e reflexão. A interligação e as fissuras que existem desde sempre entre cinema e cidade em reciprocidade de representação põe em xeque ou em risco uma organização do sensível. A partir do momento em que a juventude periférica se apropria tecnicamente e esteticamente das suas narrativas por meio do audiovisual as coisas mudam. processos políticos, emancipatórios e sociais se reconfiguram.
Duração: 2h
Facilitadores: Calcifer Zecaiê, Marcelo Vinicius, Nathalya Brum e Ramona Onijá da Silva.
Local: praça central do grafite
Qtd de pessoas: até lotar
Calcifer Zecaiê pseudônimo artístico de Ezequiel Luiz Farias Sena -- é poeta, fotógrafo, cineasta e zineiro. Tem 21 anos e é morador de São Sebastião – DF. Começou a trajetória no audiovisual em 2015, e, desde então, já realizou vários curtas-metragem, videoclipes, projetos documentais e outros produtos entre o áudio e o visual, atuando como diretor, produtor, roteirista ou diretor de fotografia. Participou de diversos projetos culturais e coletivos como Radicais Livres e SuperNova, e angariou alguns prêmios tanto na área de cinema quanto de audiovisual, ramos em que também atua como freelancer. É bolsista no IESB (Instituto de Educação Superior de Brasília), onde cursa o 8º semestre de cinema.
Marcelo Vinicius graduado em História e atua desde de 2018 com produção audiovisual no Coletivo DUCA. Fez curso de Produção Executiva na Academia Internacional de Cinema, Oficina de Fotografia no Jovem de Expressão e Concepção de projetos audiovisuais na ENAP. Está cursando cinema na Escola de Cinema Social CINE BRAZA. Foi Produtor Executivo do minidoc De Quem é Essa Terra, e desde 2019 dirige e produz o programa A Casa é Sua.
Nathalya Brum técnica em produção de Áudio e Vídeo pelo IFB, fundadora da 404 Produções Audiovisuais, produtora, fotografa e filmaker. Moradora da Ceilândia atua como diretora, roteirista e diretora de fotografia em seus curtas. Seu último filme Plutão não é tão longe assim participou e ganhou vários prêmios em festivais nacionais e internacionais.
Ramona Onijá da Silva, técnica em produção de Áudio e Vídeo pelo IFB, fotógrafa e videoartista, produtora cultural,
maquiadora e liderança jovem no coletivo e ocupação cultural Mercado Sul.